Canoístas brasileiros da categoria canoa venceram todas as provas que disputaram nos Jogos Sul-americanos remando contra os melhores atletas da região.
Os Jogos Sul-americanos que aconteceram recentemente na Colômbia reuniram os melhores atletas da região em diversas modalidades. Na canoagem não foi diferente, mas o domínio brasileiro na modalidade demonstrou que o futuro da canoagem do Brasil é muito promissor. Nas provas da categoria canoa, por exemplo, o Brasil ficou com a medalha de ouro em todas as provas que disputou e desponta como uma das forças mundiais da categoria com os reconhecidos internacionalmente canoístas Nivalter Santos e Wladimir Moreno, e com as jovens revelações recém integradas ao time principal Ronilson Oliveira e Erlon Silva.
As conquistas brasileiras da categoria canoa começaram com os ouros conquistados nas provas individuais de 1000, 500 e 200 metros. No C1 1000 Masculino Wladimir Moreno garantiu o primeiro lugar, e no C1 500m e C1 200m Masculinos o canoísta Nivalter Santos, considerado uma das promessas de medalhas para o Brasil nos próximos Jogos Olímpicos, venceu seus adversários sem muitas dificuldades.
Já nas provas do C2 1000, 500 e 200 metros a jovem dupla formada por Ronilson Oliveira (19 anos) e Erlon Silva (18 anos) mostrou que a aposta do técnico da seleção brasileira de canoa, Pedro Sena, já está dando resultado ao conquistarem o primeiro lugar nas três provas que disputaram na Colômbia.
“Os atletas estão muito bem tecnicamente e isso me deixa muito feliz. Apesar da canoa ter uma técnica complexa e exigir treinos diários para corrigir os erros, nossos canoístas assimilaram muito rapidamente minhas instruções e seus resultados renderam muito elogios de outros treinadores”, contou Sena.
A equipe de canoa da seleção brasileira de canoagem está mesclando atletas mais experientes; a exemplo de Nivalter Santos (22 anos) e Wladimir Moreno (27 anos), ambos com experiência em competições internacionais de alto nível como etapas da Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais; com as novas revelações da categoria com os jovens Erlon Silva e Ronilson Oliveira, que remaram juntos na Colômbia sua primeira experiência em competições internacionais.
“Acho que tivemos um ótimo resultado com 100% de aproveitamento, melhor seria impossível. Mas também quero destacar o crescimento técnico do Wladimir na distância olímpica de 1000 metros e a ajuda do Nivalter, com toda sua experiência internacional apesar de ser jovem também, no treinamento dos outros atletas”, destacou Sena.
Agora, durante todo o mês de abril, os quatro atletas da categoria ficarão concentrados em Santos/SP com os demais canoístas da canoa preparando-se para as etapas da Copa do Mundo que acontecem a partir de maio na França, Hungria e Alemanha, além da disputa do Campeonato Mundial em agosto na Polônia, oportunidades onde medirão forças com os canoístas europeus, essenciais para o crescimento técnico da equipe brasileira.
De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schwertner, o planejamento para os próximos meses é a participação em eventos internacionais de alto nível e o aprimoramento técnico dos atletas visando, sempre, a conquista de uma medalha olímpica nos Jogos Olímpicos Rio 2016, e quem sabe até mesmo em 2012, em Londres.
“Os jovens atletas estão trilhando o mesmo caminho dos mais experientes. O Nivalter, por exemplo, também começou muito jovem e só adquiriu experiência suficiente para participar dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, depois de participar de muitas provas internacionais de grande porte como estas agendadas para os próximos meses”, concluiu Tomasini.
No quadro geral de medalhas da Canoagem Velocidade o Brasil dominou todos os dias de competição e fechou os Jogos Sul-americanos em primeiro lugar da modalidade com um total de 23 medalhas, sendo 16 ouros, quatro de prata e três de bronze. Em segundo lugar ficou a Argentina com seis ouros, seis pratas e dois bronzes; e em terceiro a Colômbia com um ouro, cinco pratas e cinco bronzes.
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